Circuito Antimanicomial da Rede de Atenção Psicossocial de Contagem - 03/05/2024

            Fotos: Fábio Silva/PMC

Em continuidade à programação do Circuito Antimanicomial da Rede de Atenção Psicossocial de Contagem, nessa sexta-feira (3/5), foi realizada uma roda de conversa sobre a inclusão do mercado de trabalho de usuários da Saúde Mental. A palestra “O direito ao trabalho e a Luta Antimanicomial” ocorreu no auditório do SENAC e contou com a participação dos conviventes, usuários e profissionais dos serviços de saúde mental do município.

Convidada especial da roda de conversa, a pesquisadora, economista e doutora em Sociologia, Lilian Campos, falou de sua pesquisa sobre o projeto de inclusão no mercado de trabalho nas cidades de Belo Horizonte. Ao longo de suas palavras, ela contou o que a levou a pesquisar sobre o assunto e todo processo de construção da tese. “Meu projeto é um convite a pensar. Afinal, todo trabalho pode ser efetivado se os que dele participarem forem vistos como sujeitos ativos e capazes. É isso que precisamos ter em mente”, ressaltou.

A representante da superintendência de Redes de Atenção à Saúde, Thais Antunes, ressaltou que “a inserção dos nossos usuários no trabalho é extremamente importante. É necessário ter trocas que possibilitem os vínculos e valorização do sujeito”. “Ter um trabalho aumenta essas possibilidades, ressaltando os pontos positivos do sujeito. Além disso, o município de Contagem é responsável por 71% do investimento para sustentar a Raps que temos hoje. A gestão tem valorizado essa rede”, afirmou.

De 2019 a 2024, o Centro de Convivência de Contagem realizou 150 encaminhamentos para as empresas parceiras. Segundo a representante do Senac, Amanda Fernandes Carvalho, atualmente há duas turmas de 20 alunos do projeto em andamento. “A gente pensar que contribui positivamente não só na educação profissional, mas também na saúde mental do ser humano, é muito positivo. Quero agradecer por esse projeto. Conte conosco pro que precisarem”, pontuou.

Após a palestra, o público fez um cortejo até o parque Ecológico Eldorado, onde participaram das apresentações dos artistas e conviventes que compõem os projetos da Raps. Para Maria Júlia Silva, que estava passeando no parque com seu filho, iniciativas como essa devem ser rotineiras: “É muito legal conhecer esse trabalho. A inclusão é fundamental”.

Território, entrelace, inclusão e autonomia

Os pontos Teia (território, entrelace, inclusão, autonomia) são uma estratégia terapêutica, que trabalha com ações de inclusão, articuladas ao acesso a um tratamento de saúde contínuo, bem como às políticas públicas e a garantia de direitos. A iniciativa surgiu com objetivo de facilitar o acesso para os usuários que não moram próximo ao Centro de Convivência da Raps. Desta maneira, as atividades foram descentralizadas para as regiões de Contagem.

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Taken on: May 3, 2024

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