História:
No final do século passado, a área do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga era uma vasta região com mata nativa, ocupada por sitiantes e chacareiros. Por ordem do governo, as desapropriações na área vinham ocorrendo desde 1893, visando à recuperação da floresta, à utilização dos recursos hídricos e à preservação das nascentes do Riacho do Ipiranga.
Em 1917, a região tornou-se propriedade do Governo, passando a denominar-se Parque do Estado. Até 1928 serviu para captação de águas, que abasteciam o bairro do Ipiranga. Neste mesmo ano, o naturalista Frederico Carlos Hoehne foi convidado para implantar um Jardim Botânico na região.
Entretanto, somente em 1938 o Jardim Botânico de São Paulo foi oficializado, juntamente com a criação do Departamento de Botânica, na época órgão da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo. Em 1969, o Parque do Estado, onde o Instituto de Botânica e o Jardim Botânico estão localizados, passou a denominar-se Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.
Fundado em 1928, o Jardim Botânico conta com 143 hectares, com várias espécies vegetais. O Instituto de Botânica dispõe de uma biblioteca com cerca de 6.400 livros e privilegiado acervo botânico. No Museu Botânico há amostras de plantas da flora brasileira, coleção de produtos extraídos de plantas e representações de ecossistemas do Estado. No conjunto arquitetônico-cultural do local destacam-se, além do Museu, duas estufas que abrigam plantas típicas da Mata Atlântica e exposições temporárias, o Jardim de Lineu, o portão histórico de 1894, e o marco das nascentes do riacho Ipiranga.
O Jardim Botânico de São Paulo é uma Unidade de Preservação onde você poderá conhecer um pouco mais sobre as plantas, além de passar algumas horas em contato com a natureza. Localizado na Av. Miguel Estéfano, 3.031 no bairro da Água Funda, próximo às Avenidas dos Bandeirantes e Ricardo Jafet, ao lado do Zoológico.
Missão:
A missão do Jardim Botânico de São Paulo é a preservação e o uso sustentável da biodiversidade paulista e brasileira, por meio da conservação “in-situ” e “ex-situ”, e o conhecimento de todos os grupos de plantas e fungos, bem como de suas relações com o meio ambiente.
Os Jardins Botânicos têm um papel fundamental neste processo conservacionista e educacional, cujo objetivo é ensinar a importância da vegetação, da conservação da biodiversidade, da pesquisa científica e do desenvolvimento sustentável.
Árvores notáveis no Jardim Botânico de São Paulo:
Nos bosques, alamedas e recantos do Jardim Botânico de São Paulo, o visitante encontra uma grande diversidade de espécies de árvores nativas, como também de outros países do mundo. As árvores que compõem o paisagismo do Jardim cumprem um importante papel na educação e conservação, pois além de servirem como exemplo vivo da flora para centenas de estudantes, também, constituem uma amostra da diversidade biológica do planeta.
Para a manutenção dessas árvores, são necessários tratos culturais constantes que envolvem principalmente adubação e procedimentos fitossanitários para prevenção ou eliminação de pragas e doenças. Dentre as plantas do Jardim Botânico, destacam-se as espécies nativas do Estado de São Paulo, além de importantes coleções de palmeiras, espécies ameaçadas de extinção, coníferas e de madeiras nobres e frutíferas.