Toulon foi Cristianizado no século V e a primeira catedral aqui construída, terá sido por volta do ano de 441, e terminada em 449 ou 450 com as cartas endereçadas ao Papa Leão I da província de Arles. Cipriano de Toulon, discípulo e biógrafo de São Cesário de Arles, também é mencionado como tendo sido um bispo de Toulon, o seu episcopado, iniciado em 524, não tinha chegado ao fim quando em 541 se converteu ao catolicismo. Em 1095, uma nova catedral foi construída na cidade, com a evasão dos bárbaros na região a cidade foi frequentemente atacada por piratas Sarracenos. Em 1486 tornou-se parte da Provença em França. Logo depois, em 1494, Carlos VIII de França, com a intenção de fazer deste país um poder marítimo no Mediterrâneo, e com o intuito de apoiar a sua campanha militar na Itália, começou a construir um porto militar na costa de Toulon muito embora esta campanha tenha falhado os seus objectivos. Em 1524, como parte da sua batalha de longa data contra o imperador Carlos V e o Sacro Império Romano, o Rei Francisco I de França completou uma nova e poderosa fortaleza, o Royale Toulon, na entrada do porto. No entanto, alguns meses mais tarde, o comandante do novo forte vendeu-a ao comandante de um exército do Sacro Império Romano, e Toulon teve de se render ao inimigo. Em 1543, Francisco I encontrou um novo aliado o Almirante Barbarossa o qual convidou a fazer parte integrante na sua batalha contra o Sacro Império Romano criando assim a famosa aliança Franco-Otomana. Os moradores foram forçados a sair, e os marinheiros Otomanos ocuparam a cidade durante esse inverno.
Em 1660 o Rei Luís XIV estava determinado a fazer da França uma potência marítima importante, o seu ministro Jean-Baptiste Colbert ordenou a Sébastien Le Prestre de Vauban que construísse um novo arsenal e tomasse medidas para fortificar a cidade. Mais tarde em 1707, durante a Guerra da Sucessão Espanhola, Toulon resistiu a um cerco do Exército Imperial liderado pelo duque de Sabóia e Eugene Pronce. No entanto, em 1720, a cidade foi assolada pela peste negra, vinda de Marselha. Treze mil pessoas, ou seja metade da população não resistiu a tamanha tragédia e acabaram por morrer. Em 1790, após a Revolução Francesa, Toulon tornou-se o centro administrativo do departamento. Os líderes da cidade, no entanto, foram em grande parte apoiantes da monarquia, e saudaram a chegada de uma frota britânica. No cerco de Toulon, os britânicos foram expulsos por uma força francesa cuja artilharia era liderada por um jovem capitão, Napoleão Bonaparte. Para punir Toulon pela sua rebelião, a cidade perdeu o seu estatuto de capital do departamento e foi brevemente renomeada Port-la-Montagne. Durante as guerras Napoleónicas, de 1803 até 1805 uma frota britânica liderada pelo almirante Horácio Nelson bloqueou Toulon. Em 1820 Toulon tornou-se a base da conquista das colónias francesas no norte da África. Em 1820, uma esquadra francesa, com um exército partiu de Toulon para a conquista da Argélia. Durante a Segunda Guerra Mundial, depois dos aliados desembarcarem na África do Norte (Operação Torch), o exército alemão ocupou o sul da França levando ao afundamento da frota francesa em Toulon (27 de Novembro 1942).
A cidade foi bombardeada pelos Aliados em Novembro do ano seguinte, ficando grande parte do porto destruído e quinhentos moradores mortos. Toulon foi capturada pelas forças da França Livre do general Jean de Lattre de Tassigny em 28 de Agosto de 1944. Em 1974 Toulon voltou a ser uma prefeitura, ou centro administrativo. Toulon foi uma das quatro cidades francesas onde a extrema-direita de Jean-Marie Le Pen da frente Nacional venceram as eleições locais em 1995.
Hoje o porto de Toulon é um dos melhores ancoradouros naturais do Mediterrâneo, e um dos maiores portos da Europa. A estátua Cuverville (na foto acima) Esculpida por Louis Joseph Daumas Toulon em referência a um outro escultor de renome, Pierre Puget, o "Génio da navegação" trouxe ao longo do tempo, o apelido de Génio da Terra da engenharia militar e Engenharia Naval. É conhecida em Toulon, por "O Ome Negro, ou O Homem de Bronze". Erigida em memória de todos os marinheiros ilustres, é mais frequentemente referida, devido à orientação de uma parte de sua anatomia, ou mais historicamente direccionada a memória do vice-almirante de Cuverville, comandante da frota do Mediterrâneo em 1895. Tem uma altura de 3,40 metros e foi esculpida em 1843, pelo Governo de Luís Filipe que queria homenagear os primeiros navegadores… Na sua obra, o escultor Louis Daumas Josph disse: Este génio de navegação, recorda a memória dos grandes marinheiros, a sua postura parece estar dizendo, temos de ir longe, na imensidão, olhar, lutar e vencer. A estátua lembra o passado aos futuros jovens marinheiros ". Em 1943, quando os alemães fundiram as estátuas de bronze para recuperar metais ", Cuverville foi salva por um engenheiro militar alemão, respeitoso da história que teria notado o nome de "Germanicus" gravado num dos baixos-relevos do colosso, um general romano que terá vencido uma batalha na Germânia. Este general tela-á mandado armazenar num local seguro em La Rode, aonde se manteve até 1997 quando recuperou a sua posição original na praça do porto.
Ver o por do sol nesta praça junto ao porto, fez-me recuar no tempo 35 anos e recordar uma velha lendo do Sol e da Lua que sempre esteve presente na minha infância e que me foi contada pelos velhinhos da minha aldeia, mas que de tão bela, terá ficado num cantinho da minha memória á espera de um momento como este para imergir e poder ser contada e assim permanecer no imaginário de quem dela gostar por muitos mais anos… Então cá vai: Era uma vez… Não, as historias é que começam assim, mas isto não é nenhuma historia, é sim uma lenda, e as lendas não tem principio nem fim, simplesmente aparecem não se sabe ao certo de onde nem como, ouve-se dizer, é assim que viajam no tempo e no espaço como uma casca de noz nós Oceanos, chegam-nos aos ouvidos das mais variadas formas…Eu ouvi dizer que em tempos idos, no principio do Mundo, Deus fez o Sol e a Lua para que estes pudessem tomar conta da terra que era ainda muito frágil e precisava de protecção, mas parece que isso era só uma forma de esconder e proteger um amor que de tão forte e intenso tinha de ser disfarçado aos olhos de quem o pudesse vir a descobrir, e que de tão sincero não pudesse vir a ser entendido… E então, a lenda começava assim…
Mitos e Lendas do Sol e da Lua
Quando Deus criou o mundo atribui ao Sol e à Lua o seu brilho natural. No entanto tal não foi suficiente para apagar o fogo da paixão que eclodiu logo no primeiro encontro de ambos. Ficaram então os dois muito abatidos. A Lua andava cabisbaixa e o Sol apesar de lhe ter sido atribuída a designação de astro-rei, mostrou-se solidário com o elemento feminino. Perante esta realidade Deus não teve outra alternativa, chamou-os e disse-lhes, vocês não devem ficar tristes, pois agora já possuem um brilho próprio que faz de vocês seres únicos, mas esta terrível decisão teve consequências pesadas. A Lua não se conformou com o seu destino e chorou dias a fio... O Sol ao vê-la sofrer tanto, decidiu dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus. Não encontrando o resultado pretendido, o astro-rei resolveu fazer-lhe um pedido: Senhor, ajude a Lua por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão... Então Deus, como resposta, criou as estrelas. Assim, agora sempre que a Lua está abatida recorre às estrelas que fazem de tudo para consolá-la. Infelizmente, quase nunca conseguem. Hoje eles vivem assim, separados, o Sol finge que é feliz, e a Lua não consegue esconder a sua tristeza. No entanto o Sol ainda aquece e vibra de paixão pela Lua, e ela ainda vive na escuridão da saudade. Dizem que a ordem de Deus era que a Lua deveria ser sempre cheia e luminosa, mas por mais que se esforce ela não consegue isso. Porque ela é mulher, e uma mulher tem fases. A Lua quando está feliz consegue ficar cheia, mas quando está infeliz torna-se minguante e quando esta minguante nem sequer é possível ver o seu brilho. Desde então a Lua e o Sol seguem o seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca. De tempos em tempos o Homem tenta conquistar a Lua, como se isso fosse possível. Nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim, porém Deus decidiu que nenhum amor neste mundo seria de todo impossível, nem mesmo o do Sol e da Lua... E então criou o eclipse. Hoje o Sol e a Lua vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos.
A partir de agora quando olhar-mos para o céu e virmos que a Lua encobriu o Sol é porque o Sol se deitou sobre a Lua e começaram a amar-se. A este acontecimento de pleno amor deu-se o nome de Eclipse. O brilho do seu êxtase é tão grande que não se aconselha a ninguém olhar directamente para o céu nesse momento, pois os nossos olhos não estão preparados e podem cegar de ver tanto amor…
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